sábado, 17 de julho de 2010

Primeiro Ato

E primeiro veio o grito, o escuro, o medo e depois o fim. Não sei quanto tempo, mas os gritos não paravam, eu deitei sem dormir olhei as janelas ao menos 16 vezes.
Eu nunca soube ser fraca, eu nunca gostei, mas pela primeira vez o medo realmente foi mais forte que qualquer outro sentimento ali presente.
Eu lembro de clarear o lugar, após muito tempo parada e perdida, havia algo ali que já não era meu. Quando chega a noite eu tenho medo, eu tenho vontade de não ficar mais lá, mas não da.
Conviver todas as noites com a mesma atrossidade. É difícil, a qualquer barulho o medo volta.
E quando afinal ele vai embora, será que ao deixar ele tomar pose de mim é impossível tirar. Que não seja assim, pois não aguentaria

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