Ouvindo uma música e fumando meu cigarro, pensei trezentos assuntos para escrever. Engraçado como a maioria sempre voa entre nuvens e chega até você. De começo eram coisas bonitas, sobre borboletas e amor, depois vieram em mim as tempestates e por último as traições.
Acredite eu senti uma certa nostálgia ao trair o que guardavamos, o primeiro a trair foi o olhar, admirando outros homens e até mesmo outras mulheres, seus decotes, suas bermudas. Ahh! Como meus olhos traem a todo momento, seguem outros corpos, movimentos e vidas. Depois do olhar brincar de trair, vem o corpo que não contenta mais em conhecer apenas a ti, quer conhecer outros corpos, gozar outras sensações. Tudo tão magnífico, de cara deslumbrante eu diria.
Dedos entrelaçam e percorrem cada curva do meu corpo, que nesse momento esquece de você e brinca de ser criança livre novamente, não me lembro quantas vezes passei por todas essas sensações. De início tinha peso na consciencia, não que agora não sinta nada mas não é mais como antes, fica apenas a lembrança do que eu fui dia anterior.
Depois de tanto brincar em outros corpos, meu corpo já cansado de estranhos e falta de sentimento volta para o seu, como um animal procura abrigo toda noite. E nesses dias meus textos voltam para as borboletas e tempestades.
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