quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Boa tarde, estive realmente afastada por um longo período por preguiça e porque hoje em dia não tenho mais o mesmo tempo para escrever de quando eu tinha quinze aninhos e achava que o meu maior problema era o amor.
Para quem não me conhece e não vive comigo durante o dia-a-dia informo que venho tratando de um caso de embolia pulmonar desde junho, onde comecei com alguns desmaios até dar entrada na UTI com caso grave onde nenhum dos quatro médicos que me atenderam me deram forças, apenas falaram que era um caso grave. Ao contrário do que era de se esperar eu sorri muito mais do que chorei, achei realmente que iria morrer porque ninguém me dava o tão esperado diagnóstico e fiquei triste todas as vezes que saia da emergência e via minha mãe ou minha irmã chorando na porta da sala esperando uma resposta que parecia nunca vir. Mas ela veio e com o oxigênio tudo ficava mais fácil, tive sorte e muito amor. Ao contrário do que se imagina anjos existem e na verdade são as pessoas que convivem ou conviveram nos dias difíceis ao meu lado, que me deram banho, me ajudaram no banheiro pois eu não aguentava ficar de pé sem desmaiar, me visitaram, me ligaram e mesmo não acreditando em deus todos os que oraram por mim.
De junho para cá a vida não tem sido fácil e ao contrário do que muitos pensam essa não são as férias do meu sonho porque eu vivo uma semana corrida marcando exames e médicos, mas estar doente ao mesmo tempo trouxe muita coisa que eu não ia aprender tão cedo, aprendi que vale muito mais o momento com quem se gosta como a família e os amigos, aprendi que eu não tenho cem anos para escolher as coisas talvez por isso eu esteja mais determinada e aproveite mais os momentos que eu tenho. Outra coisa que eu gostaria de falar também é que nesse período houveram algumas pessoas que eu chamaria um tanto quanto de maldosas, que mesmo sabendo da minha luta diária ainda tem a falta de bom senso de me desejar o mal e eu te digo só uma coisa que você seja feliz como eu sou, que tudo o que você tenha é um dia MARAVILHOSO e que assim aprenda que tudo o que a gente tem é o que a gente pode desejar.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A sensação que eu tenho é que todos se magoam comigo, como se eu fosse capaz de estragar a tudo e todos. Assim como uma maldição que adoece a todos, mas ninguém fica doente em minha companhia apenas carrega o fardo de ser infeliz. Como se toda a pureza eu pudesse estragar buscando roubar isso para mim, tentando roubar para mim toda a beleza, todo o sorriso, como se assim pudessem durar para sempre. Mas tudo o que eu consigo roubar são os teus pecados, os teus berros, pois não há mais pureza.

.

Não posso negar que as últimas duas semanas tem sido difíceis, nunca havia me sentido tão impotente e preocupada ao mesmo tempo. Nessas últimas semanas tive tanta coisa para falar e ao mesmo tempo ninguém para contar.
Tive tanto medo e guardei para mim mesma, medo que não tivesse um diagnóstico para os meus desmaios e ao mesmo tempo medo dos resultados. Pouquíssimas pessoas me perguntaram meu medo, apenas questionam se estou bem, coisa que também na maioria das vezes não sei como responder, afinal como saberia se estou bem enquanto nem sei exatamente o que tenho.
De início receber o remédio para epilepsia foi horrível, quis ao mesmo tempo que ele não funcionasse para que assim não fosse isso, mas para minha infelicidade tem funcionado e as vezes encosto a cabeça no travesseiro e todo este medo deste diagnostico escorre em lágrimas.
E começa então a maratona de de exames, as mudanças nos hábitos, me sentir inútil.
Não fazer o que antes seria uma atividade chata, hoje em dia é como se aquilo fizesse muita falta no meu cotidiano.
Não andar com copos ou pratos de vidro, esperar alguns minutos para levantar, não trancar a porta do banheiro, avisar quando vou de um lugar ao outro. Me sinto uma criança, mas como castigar a preocupação alheia e até mesmo a minha.
Odiaria desmaiar com um copo de vidro na mão, ou ficar trancada no banheiro em meio a uma crise sem ter como pedir ajuda.
De certa forma é horrível e agonizante estar assim e por outro lado é possível ver a coisas por outro lado, criar laços mais fortes com quem está sempre tentando ajudar.

domingo, 18 de maio de 2014

.

E toda vez que eu escrevo é na tentativa inútil de tirar de mim tudo o que eu guardei, como se isso fosse possível, porém nada muda.
É como se dentro de mim houvesse tanto rancor que amanhã as coisas serão iguais e assim eu repito a antipatia, o distanciamento e toda a raiva que sempre carreguei. Não se pode querer que apenas a terapia me salve ou que uma conversa superficial faça com que toda a raiva e o abandono sumam. Que entre nós não fique o espaço o vazio, que o perdão seja realmente verdade pois da minha parte nunca será.
Trago comigo o que vinte anos de solidão muito bem alimentado e impossível apagar, neste momentos você deveria aproveitar e se calar me esquecer como sempre foi.
Não esperar que se fingir presente passe o que já aconteceu, o que todos te alertaram e você sempre fez bem em ignorar.
Eu sou assim, não que seja impossível mudar mas para que? Com que função adianta me lembrar o quanto prefiro me calar a berrar, mas você não me conhece nunca esteve presente nesses anos. Só soube olhar de longe como se nada pudesse ser feito, como se fosse normal,

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Todos os dias você tenta me provar que somos tão diferentes, que até parece impossível ficar junto.

Só você não vê que eu to pouco me fodendo para isso, que no fundo a gente combina igual ou não!
Não existe esse negócio de princesa e vagabundo, nós não vivemos dentro de uma música que você gosta de ouvir no rádio.
O que a gente tem é aqui e agora, o que é só nosso.
E quanta força você gasta tentando provar tudo isso para mim, sendo que você podia apenas deitar e seguir com o que a gente sonha. 


E todo o dia eu quero só você e de noite eu continuo te querendo.



"Na minha boca agora mora o teu sexo, é a vista que os meus olhos querem ter sem precisar procurar"

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

.

Já não cabe no peito a culpa, estou inundada em meio a infelicidade, ainda assim não consigo chorar. Como pode caber tanta incapacidade e infelicidade dentro do meu humano.
Como pode eu não saber quando tudo deu errado e em um único momento ser assim tão infeliz, incompetente e humano.
Tenho ódio de pessoas felizes, tenho inveja de pessoas felizes, pois não sei copiá-las ou ser. Maldito eu humano que sei chorar!

domingo, 20 de outubro de 2013

Desde o início condenados ao fracasso, assim somos nós. Você dizendo olá e eu cismando em falar adeus, tolice seria acreditar que seriamos felizes para sempre, sabendo que tudo tem seu tempo e nada pode durar a eternidade.
Pior de tudo é acreditar que seria diferente, sabendo que o problema sempre sou eu!