quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quanta mais fora chamada de "diferente" mais tive vontade de gritar, de berrar, de assumir que o que foi guardado para mim não servia, muitas vezes eu quis acreditar que calar era melhor que falar. Mas até onde não falar e não pensar poderiam influir em mim. As pessoas não estão adeptas as novas opiniões, principalmente os mais velhos, eles ferem o que se pensa, esquecem que algum dia tiveram vontade de mudar, de viver e deixaram por isso mesmo, eu tenho medo, medo de não viver, de não amar, de não ser ou ser algo que não quero.
Na maioria dos casos invisto em operações frustrantes que não me levam a lugar nenhum, me jogo em guerra com família e comigo mesma, sem muitas respostas apenas explosivas discussões.
Vejo meus outros amigos, felizes com o que lhe é imposto, sem vontade alguma de mudar a si e ao meio, eu não quero ver pessoas sofrendo, passando fome enquanto pessoas doam dinheiro e mais dinheiro para instituições, não ajudam o enfermo sentado na rua pedindo moedas, acham que deve ser só mais um vagabundo perdido, empurram velhinhos com suas bengalas, apenas para atravessar a rua, eu mesma devo ter feito algo assim algum dia por questão de ver e copiar, mas não é isso que eu quero ser, não é isso que a minha infância mandou pensar, e você o que quer ser?
O cara da bíblia que te ensina preconceitos e te exclui da sua própria sociedade, ou quer ser algo que acredita que amar ao outro, além dos seus defeitos e problemas supera qualquer coisa?
Eu quero ser o que ama sem controle, sem medidas e com toda a vontade possível.

"O deus construído pelo homem, o deus religioso, é implacável, intolerante, exclusivista, preconceituoso. Mas o Deus que se oculta nos bastidores do teatro da existência é generoso. Sua capacidade de perdoar não tem senso, nos estimula a carregar os que nos frustram tantas vezes quantas nos forem necessárias."

O Vendedor de Sonhos - O Chamado

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