Um grama e eu me sentia o rei do universo, a imagem dela nunca esteve ali e eu seria capaz de gritar com todas as letra "EU TE O-D-E-I-O", mas não gritei eu apenas me calei e cheirei o que sobrava lá.
Três gramas depois, eu soltava todo o meu sangue, escarrava meu pulmão e ela continuava na minha frente, lembrando tudo o que eu não fui capaz de fazer.
Eu não era mais o rei, nunca havia sido. Ela sim, ela tinha o poder de dominar e mudar o que eu realmente queria sentir,
Não queria mais amá-la, mas não consegui nem sequer odiá-la. Por que agora? Comigo?
Eu não tinha resposta, somente pergunta, e na minha mão mais sangue, de onde vinha tudo aquilo afinal, como pode alguém tão pequeno sangrar tanto.
Será que eu morreria ali sem glória alguma, o homem no espelho não se parecia mais comigo, ele era triste, pálido e vazio. Oh Deus eu precisava mesmo dela naquele momento, eu queria ir até ela, mas não aguentava nem levantar, só fui capaz de ligar.
Do outro lado da linha uma voz que eu nunca saberia descrever, era mesmo você, realmente me confortava te ouvir, custei a responder, o sangue tampava a minha garganta e bem a coragem também faltava.
Eu nunca soube o que te falei, ou como te deixei aquela noite, só sei que morri muito naquela noite, queimei em mim quase tudo o que não era necessário, inclusive você.
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