sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bad Religion

Eu não acredito mais em interferência divina, não acho que alguém lá em cima decida realmente quem ajudar ou não, isso o tornaria cruel e tirano, escolhendo os "melhores" e dando a eles as melhores chances.  Nesse mesmo caso acredito que ele também estaria errado em alguns casos, afinal porque não ter piedade de crianças, fardadas de sofrimento, fome e abandono.
Seria demais acreditar que ele realmente nos salvaria de acidentes, deixando outros milhares morrendo enquanto passam fome e frio nas ruas escuras, nos campos de refugiados ou algo do tipo. Imagino que o grande mundo em que vivemos seja um grande campo de batalha, aqueles em que não há vencedores, culpados ou errados. Há na minha mente milhares e milhares de almas, buscando sempre algo, buscando um instante de felicidade, ou prazer, procurando completar-se. A partir de então achamos um meio mais vazio para nos completarmos e tirar dos ombros o grande peso que a culpa nos traz.
Jogamos tudo em alguém que acreditamos ser superior, na verdade grande parte de seus feitos atual são coisas de nossas mentes tentando achar justificativas fáceis para problemas sem fim, nos ajoelhamos e pedimos tudo a ele. Deixando assim correr frouxo depois, como por exemplo quando você pede um emprego todas as manhãs mas não sai de casa, ou quando você reza  horas e horas para se curar de uma doença mas jamais pisou num médico. E quando as coisas parecem piorar, achamos que ele novamente é mais um dos nossos culpados, reclamando assim dos meios que ele tomou em relação a nós. 
Quantas vezes vamos ser obrigados a jogar a culpa em outros, quando os verdadeiros culpados somos nós? Acredito que o livre arbítrio esteja a nossa frente, afinal é isso que somos sempre levados a pensar. Não acredito mais também que deus odeie o homossexualismo ou descrimine os negros, como antigamente vinha nas bíblias, não acredito que ele escolha entre uns e outros após nos dar o direito a vida. Ele não escolhe quem ficará doente amanhã como forma de castigo. Acredito que se ele odiasse tanto assim gays, não daria a eles a cura quase completa do HIV numa única célula, 97% de chance de evitar tal vírus no organismo, nunca antes visto numa célula "homossexual" ou "heterossexual". Então enfim, para mim não somos mais descriminalizados por aquilo que somos, desde que isso não abuse da vida de alguém. Não acho que orar como forma de pedir mude muito, não acredito que decisões em prol do amor também possam matar. 


Afinal que deus você criou pra si e para a sua sociedade? Acredito principalmente na fé dos seres humanos em mover-se e mudar tudo.


.

4 comentários:

  1. Escreve bem, tem umas idéias legais, enfim destruiu. Só é complicado ler posts extensos com o layout do blog assim, esse desfecho me lembrou Dead Fish. Também tenho um blog, http://icambelive.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. O nome é em relação a uma banda de mesmo nome, enfim não puxei nenhum trecho de Dead Fish, apesar de ter escutado uma ou outra. E eu vou olhar seu blog assim que tiver tempo :)Obg e poxa troquei o papel de fundo ontem, ta tenso esse negócio de aparência HSUSAHSAUH

    ResponderExcluir
  3. e aí, lola!

    Seu ponto de vista é muito interessante. Chega próximo a um pensador chamado Feuerbach (se não conhece, tente encontrar o livro: "A essência do cristianismo")

    Pra Feuerbach, a religião nada mais é do que uma antropologia. Quer dizer, não existe nada de sobrenatural, nenhum deus fora da nossa realidade, no céu ou em qualquer outro lugar. A religião expressa os problemas dos homens, suas angústias, seus anseios. Deus é a potencialização daquilo que o homem quer ser. Por exemplo, o homem tem sede de conhecimento, por isso surge a idéia de um DEUS que sabe tudo, que é onisciente.
    Para o mal, no caso do diabo, é preciso tentar explicar a existência das coisas ruins, por exemplo, mentir, matar, roubar não são coisas que um homem deve desejar, por isso existe um SER DIABÓLICO que tem a única função de roubar, matar e destruir! entende?

    Eu, entretanto, acho que tanto faz existir ou não um deus. A religião sempre terá um fator de controle social... E eu odeio isso, mas não posso fazer muita coisa!

    A religião serve pra muita gente como uma muleta, e tem gente que não sabe viver sem ela. Não é interessante para a sociedade acabar com a religião, pois a religião dá conta de organizar tudo, domesticar as pessoas e torna-las mais dóceis! E no fundo, no fundo o que todos querem é isso: a domesticação da consciência, o emburrecimento desenfreado da massa, a desumanização!

    abraços! Leia o post q eu escrevi no meu blog: "O futuro das religiões"

    parabéns pelo blog!

    ResponderExcluir